Off topic: Erro em Tradução de Documentos do Governo Brasileiro
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Dec 8, 2007

Pessoal, vocês viram esta reportagem na Folha de São Paulo (07/12/2007)? O que vocês acham??? Será que para uma documentação tão importante o tradutor teria feito o trabalho com um destes tradutores da Internet? Não é possível...

Erro em tradução faz Mônaco adiar julgamento de Cacciola
Nova versão dos documentos enviados pelo Brasil será paga pelo governo do principado

Romeu Tuma Jr., secretário nacional de Justiça, afirma que governo aceita deci
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Pessoal, vocês viram esta reportagem na Folha de São Paulo (07/12/2007)? O que vocês acham??? Será que para uma documentação tão importante o tradutor teria feito o trabalho com um destes tradutores da Internet? Não é possível...

Erro em tradução faz Mônaco adiar julgamento de Cacciola
Nova versão dos documentos enviados pelo Brasil será paga pelo governo do principado

Romeu Tuma Jr., secretário nacional de Justiça, afirma que governo aceita decisão "com naturalidade" e que confia na Justiça de Mônaco

PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO

Erros na tradução dos documentos enviados pelo governo brasileiro à Justiça de Mônaco no processo de extradição de Salvatore Cacciola levaram ontem ao terceiro adiamento seguido da audiência para definir o destino do ex-banqueiro.
A Corte de Apelações (tribunal que vai julgar o pedido de extradição de Cacciola) determinou que seja feita nova tradução do português para o francês, com base nos originais, desta vez paga pelo governo de Mônaco. "A tradução não é boa, certas expressões estão confusas", disse a procuradora-geral do principado, Annie Brunet-Fuster: "Isso vai custar caro".
A defesa de Cacciola, que pediu o novo adiamento, foi bem mais incisiva nas críticas. "É como se tivessem colocado numa dessas páginas de tradução da internet. Não se entende nada. É uma tradução incompreensível", disse Alessandra Mocchi, que faz parte do time de defesa do ex-banqueiro. Seu colega monegasco, Franck Michel, chegou a cogitar que a tradução tivesse sido feita por leigos em assuntos jurídicos.
O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, declarou que houve "discrepância de entendimento": "Aceitamos com naturalidade. Confiamos na Justiça de Mônaco. Quanto à tradução, há discrepância de entendimento dos termos jurídicos, o que não inviabiliza o entendimento dos fatos [relativos ao pedido de extradição]".
O representante do governo brasileiro em Mônaco ontem, Rafael Favetti, admitiu que a tradução foi feita às pressas, mas reduziu as falhas a possíveis dúvidas técnicas. "Não havia tempo hábil, então dividimos as mais de 500 páginas entre equipes", disse Favetti, consultor jurídico do Ministério da Justiça. Enviado pelo governo para acompanhar a audiência de ontem, o próprio Favetti, que não participou da tradução, não fala bem francês.
Segundo ele, a principal dúvida deve ser em torno da palavra "peculato" -crime de utilizar-se do cargo público para apropriação ilegal de dinheiro. Como Cacciola não era funcionário público, a Justiça de Mônaco não entendeu por que ele é condenado por esse crime. Favetti disse que, no Brasil, a condenação em casos de peculato se estende a todos os envolvidos, como é o caso de Cacciola.
A Corte considerou a tradução insatisfatória e marcou a próxima audiência para 31 de janeiro. Espera-se que a nova tradução esteja pronta por volta de 20 de janeiro, o que daria dez dias para que os documentos refeitos sejam analisados. Os três juízes da Corte deixaram claro que não vão autorizar novo adiamento. "Não são manobras protelatórias. Só queremos que os juízes entendam o caso", declarou Mocchi.
A realização da audiência para analisar o processo é fundamental para a continuação do caso. Depois disso, será uma questão de dias até a decisão final. Após a decisão do tribunal, o caso vai para a mesa do príncipe, que dá a palavra final sobre o processo. Em geral Albert 2º ratifica a decisão tomada.
O ex-banqueiro foi condenado no Brasil a 13 anos de prisão em 2005 por gestão fraudulenta de instituição financeira no mercado brasileiro e peculato.
O caso deu um prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao governo, que interveio sob a justificativa de evitar uma crise generalizada no mercado. Em 2000, quando o processo contra Cacciola ainda estava em andamento, ele aproveitou um habeas corpus do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, e fugiu para a Itália, de onde não podia ser extraditado por ter cidadania italiana.
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